by karga | 21/08/2017 23:30
Acabou de se estrear, no Syfy, o episódio seis da temporada sete d’A Guerra dos Tronos. Atenção, se não viram o episódio, aconselhamos a que parem por aqui. Nós vimos, claro, gostámos, claro, mas temos um desabafo a fazer…
É injusto dizer que um único momento tenha estragado um episódio inteiro. Mas é um facto. Houve dragões. Houve White Walkers (WW). Houve uma luta entre dragões e white walkers. Houve diálogos potentes e, finalmente, românticos. Houve tensão e emoção. Houve mortes (e renascimentos!!!!!) que nos fizeram tremer por dentro. E depois houve uma desilusão total: o tio Benjen.
Nesta temporada, há um denominador comum em todos os episódios: a sensação no final de cada um deles. “Acho que este foi o melhor episódio da série”, pensamos sempre. Desde o primeiro episódio, com a cena inicial em que Arya mata todos os Frey, vingando o “Red Wedding”, até ao episódio cinco, que termina com os rapazes da “East Watch[1]“, juntos, a sair da Muralha. Tem sido sempre a melhorar. E este episódio não seria excepção, não fosse a morte, totalmente forçada, de Benjen.
Apetece dizer que foi também o “melhor episódio da série”, mas não conseguimos. Decidimos, então, que o mais adequado será classificar este como o pior “melhor episódio”.
Sabemos que estamos a chegar ao fim (Ohhhh! *sad emoji*), mas não é preciso terminar a história das personagens à bruta. O tio Benjen era um sobrevivente nato e fez todo o sentido quando ele apareceu para salvar Jon! Segundos depois, quando ele põe o protagonista no cavalo e o manda fugir, condenando-se à morte certa, começa a desilusão.
O cavalo era um macho adulto, não era um pónei. Havia espaço suficiente para os dois poderem fugir nele. “Ah, mas assim o cavalo ia mais rápido e o Benjen atirou-se aos WW para impedir que eles perseguissem o Jon”. Ok, vamos aceitar a muito custo, embora saibamos que a velocidade não é propriamente o forte dos mortos-vivos.
Então, expliquem-nos porque é que o raio do tio Benjen – que vive para lá da Muralha há não sei quantos anos, perito em salvar a família de WW (já o tinha feito com Bran) e que aparece com uma bola de fogo espetacular a esmagar cabeças – vai para a luta e é apanhado pelo exército da noite AO TERCEIRO SOLDADO? A luta dele demorou dois segundos, e em câmara lenta! DOIS SEGUNDOS! Nem se pode chamar àquilo luta. Ficou por ali especado a rodar a sua arma, sem qualquer dinâmica ou vislumbre de vontade em dar o seu melhor nos últimos momentos de vida. “Ah, mas o episódio já estava muito grande, tinham de despachar”.
Não, não podemos aceitar. Não seria por mais uns segundos que o episódio ficaria insuportavelmente longo. Antes pelo contrário. Bastava um trecho, de sete ou oito segundos, em câmara lenta para dar mais emoção, com o tio Benjen a rodopiar aquela bola de fogo, eliminando uns quantos WW que lhe aparecessem ao caminho. Pelo menos, algo que mostrasse que ele estava a dar tudo. Depois os restantes zombies do gelo poderiam apanhá-lo, porque era inevitável. Isto seria o suficiente para lhe dar uma morte digna e com o mínimo sentido.
Benioff e Weiss, vocês são especialistas em mortes espetaculares! Não façam mais isto, por favor. “Valar Morghulis”, claro, mas decentemente.
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