pais filhos tecnologia

Pais “à nora” com as tecnologias

Quando os filhos saem de casa, metade dos pais nem o e-mail sabe configurar

Texto por Kaspersky

A chegada do novo ano lectivo faz com que muitos jovens saiam das suas casas para ir para a universidade e é nesta altura que os pais sentem mais dificuldades em lidar com a tecnologia, uma vez que deixam de contar com a ajuda dos filhos. Cerca de 39% dos pais portugueses, que ainda estão na fase introdutória no uso de tecnologias e que têm os seus filhos a estudar fora, admitem enfrentar algumas dificuldades no dia-a-dia. Numa era em que se ouve frequentemente os familiares a perguntar “podes só… reiniciar o router?” ou “podes só…configurar o email no meu novo telemóvel?”, é quando os filhos estão fora que os pais se sentem mais atrapalhados.

Ir para a universidade faz parte do início de uma experiência muito entusiasmante para os jovens. Não só lhes dá a oportunidade de se tornarem mais independentes, como de poderem criar amizades para a vida. Contudo, um estudo realizado pela Kaspersky concluiu que os estudantes ainda se podem sentir sobrecarregados quando saem de casa por serem os “especialistas” de IT da família. De facto, cerca de 25% dos pais portugueses que ainda estão a aprender a lidar com a tecnologia e que têm os seus filhos a estudar na universidade admitem telefonar-lhes para lhes pedir ajuda remota. Para além disso, 23% dos pais admitem sentir ainda mais falta da ajuda tecnológica dos filhos do que da sua companhia, quando não estão por perto.

Os jovens já aceitaram o seu papel em serem as pessoas a quem os adultos pedem ajuda. Aliás, cerca de 45% dos estudantes portugueses com conhecimento tecnológico afirmam ser frequentemente solicitados para ajudar os seus familiares com a tecnologia. Estes estudantes sentem-se muitas vezes em conflito quanto à responsabilidade em ajudar os seus pais. Enquanto alguns não querem ser incomodados com estas questões, 61% dos mesmosrevelam ter pelo menos uma preocupação face à incapacidade dos seus pais para realizar tarefas com a tecnologia ou, ainda, com o facto de poderem vir a ser vítimas de uma fraude quando estão sozinhos.No que diz respeito aos jovens portugueses, este número sobe para os 70%[1].

A verdade é que, se o filho que está na universidade não puder ajudar, torna-se muito provável que alguns dos pais recorram, em alternativa, à ajuda dos irmãos mais novos. 22% dos pais que admitem não saber muito sobre tecnologia e que têm filhos a estudar na universidade afirmaram pedir ajuda aos membros mais novos da família.

“Não é segredo que a nossa dependência pela tecnologia leve a que muitos dos seus utilizadores – mais novos ou mais velhos – sejam confrontados com o desafio de saber como utilizar novos dispositivos e serviços de forma rápida. A tecnologia evolui rapidamente e acompanhar esta evolução nem sempre é fácil. Embora os mais novos possam sentir que os seus pais dependem demasiado deles, isto pode ser ultrapassado se eles partilharem com os pais o seu conhecimento e se lhes derem competências para serem autónomos. Na Kaspersky, consideramos que a cibersegurança pode afigurar-se complicada no início, mas os conselhos e a orientação correta podem ajudar bastante cada geração a aprender a realizar as suas tarefas online em segurança”, explica Alfonso Ramirez, Diretor Geral da Kaspersky Ibéria.

“A raça humana nunca está totalmente confortável com a mudança. Podemos suspeitar, ser rígidos e questionar-nos frequentemente sobre o porquê de precisarmos de mudar algo que está, aparentemente, a funcionar bem. A nossa necessidade de proteger o sentimento de envelhecermos ou de nos sentirmos expostos pela nossa falta de entendimento são fatores que demonstram a nossa rejeição à mudança ou, em vez disso, um vórtice de desespero ou renúncia pelo facto de não sermos mais capazes de acompanhá-la. Existe uma necessidade notável para os utilizadores em possuir mais conhecimento sobre como obter maior proteção nos dispositivos e como utilizar adequadamente um software de segurança para garantir que os seus dados pessoais e a sua atividade estão seguros”, acrescenta KathleenSaxton, psicoterapeuta.

O relatório completo do estudo “Can youjust”, que examina as diferençasentre a forma como os mais novos e os mais velhos utilizam a tecnologia, pode ser encontrado aqui. Sobre este tema, a Kaspersky também lançou uma série de orientações para capacitar as gerações mais velhas sobre a forma como se podem defender contra a falta de conhecimento tecnológico eciberataques. Estas orientações podem ser encontradas aqui.

Metodologia da investigação                                        

Foi realizado um inquérito online a 11.000 consumidores de 13 países diferentes com quotas nacionais de representatividade para género, idade e região.


[1]Foram inquiridos jovens entre os 17 e os 24 anos.”

Imprima

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.